Um grupo atuante nos setores de Turismo e Combate à Informalidade da Fecomércio-RS se reuniu na manhã desta quinta-feira, dia 17, com o secretário estadual de Turismo, Ronaldo Santini. O presidente da Federação, Luiz Carlos Bohn, junto com os vice-presidentes Manuel Suarez e Daniel Amadio, coordenadores do Conselho de Turismo e da Comissão de Combate à Informalidade, respectivamente, levaram as pautas mais emergentes para a conversa.
Suarez fez um panorama do Turismo no Rio Grande do Sul, estado que conta com cerca de 1500 hotéis atualmente. Trazendo a visão de quem vive a experiência de muitos anos no setor, Suarez falou sobre o Turismo de Negócios, muito ativo no estado gaúcho de segunda a sexta-feira e que sempre acaba promovendo algum outro tipo de visita que vem a complementar a ocupação dos hotéis no final de semana.
O vice-presidente Daniel Amadio falou sobre o Projeto de Lei das feiras Itinerantes, construído em uma parceria entre governo e iniciativa privada, mas, que foi vetado pelo governador Eduardo Leite. O dirigente pediu que o secretário reavaliasse a retomada do projeto na pauta do Poder Executivo e colocou a entidade à disposição para os ajustes necessários. Amadio não deixou de reforçar a importância do debate sobre feiras itinerantes, que trazem impactos como prejuízos para o comércio local regular e para o consumidor, que adquire produtos sem garantia e assistência, além do prejuízo para a arrecadação estadual e municipal, uma vez que os produtos são comercializados sem recolhimento de ICMS.
Outro PL trazido por Amadio foi o 15/2020, que institui o Conselho Estadual de Combate à Informalidade no Estado do Rio Grande do Sul. A ideia é que se crie um grupo que reúna iniciativa privada e órgãos públicos para debater esse assunto tão importante para a economia gaúcha.
O secretário Ronaldo Santini disse que os dois projetos, mesmo que não explicitamente, pertencem à sua pasta, pois, tudo que envolve Turismo, envolve também o comércio, o desenvolvimento e a economia gaúcha. Ele afirmou que levará a discussão adiante. “Preciso que vocês me brifem, me tragam o que está sendo falado em feiras, em encontros, em eventos e negócios do setor. Quero ouvir e entender onde estão os gargalos do Turismo no estado gaúcho para que possamos melhorar e ir adiante”, afirmou.
Entre os projetos para sua gestão à frente da casa, Santini afirmou que deseja estreitar as relações da Secretaria com entidades que promovem o Turismo e o desenvolvimento econômico do RS. Um dos seus objetivos é montar um Plano de Estado para o Turismo e não um Plano de Governo para o setor, pois segundo ele, o Turismo é algo tão grande que precisa ir além de cada governador escolhido para assumir a pasta a cada quatro anos.
Outro passo importante para Santini é investir no Turismo regional apresentando, já no aeroporto, o amplo leque de cultura, gastronomia e diversidade que o RS tem ao reunir em um só estado os costumes do mundo inteiro. Outra ideia da Secretaria é qualificar o receptivo do turista, atuando com todos os indivíduos que tem contato com aquele que chega na cidade, como taxistas, motoristas de aplicativos, pessoas do aeroporto, pessoas no comércio. “Queremos que o Turismo em Porto Alegre não se resuma aos estádios do Grêmio e Internacional e à Orla do Guaíba, mas, sim, a todos os locais que podemos explorar”, afirmou.